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Super-Heróis: Um bate-papo com Gian Danton, autor de “Sete horas”

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Nas ruas, algumas pessoas já começavam a lhe dar um nome: anjo.

 

O anjo. Era assim que o chamavam. Precisava estar à altura.

 

CROP7 horas

O que você curte nos super-heróis?

Desde muito pequeno eu gosto de super-heróis. Eu devia ter uns 12-13 anos quando estava numa fila de banco (daquele tempo em que não havia caixa eletrônico e você levava uma manhã inteira para pagar uma conta) e alguém me emprestou uma Superaventuras Marvel (a número 4), com uma aventura do Demolidor, outra do Conan e uma do Dr. Estranho. Apaixonei na hora. Depois comecei a comprar essa revista e a fase dos X-men de Chris Claremont me marcou muito. Quando comecei a escrever quadrinhos, uma das minhas histórias mais famosas foi a Família Titã (uma releitura da Família Marvel), desenhada pelo compadre Joe Bennett. Foi publicada e republicada diversas vezes pela editora Nova Sampa, numa tiragem total de 120 mil exemplares. Isso era mais do que o Homem-Aranha vendia na época! Então minha história sempre esteve ligada a esses heróis. Afinal, eles são os novos deuses, a nossa nova mitologia. Se antes as grandes sagas eram contadas ao redor de uma fogueira, hoje elas passeiam pelas páginas dos gibis. É neles que boa parte da humanidade sacia sua sede de mitos.

Como foi escrever para uma coletânea sobre super-heróis, mas tendo essa questão da identificação luso-brasileira?

Eu sempre ouvi, de muitas pessoas, que os super-heróis são um gênero exclusivamente norte-americano. Não faz muito tempo, dizia-se que um herói nunca poderia se chamar Pedro ou Maria. Assim, abundavam Peters e Marys… Eu sempre discordei disso. Um gênero não é propriedade de um país. O faroeste, por exemplo, surgiu nos EUA, mas teve uma das suas melhores fases na Itália, na década de 1970. E nos quadrinhos, dois dos melhores exemplos de faroeste são europeus: Blueberry e Ken Parker. Quando eu e Joe Bennett fizemos a Família Titã, colocamos os personagens em uma favela brasileira e isso era quase uma declaração de princípios. Da mesma forma, Sete Horas se passa em uma cidade brasileira, com todos os problemas e características.

Das ideias que você poderia ter, por que o Anjo?

O personagem surgiu em um sonho com toda sua família (inclusive a filha, que, nessa primeira história, ainda não aparece) e é uma metáfora da história da Bíblia, de que não devemos esconder nossos talentos. Se cada mito fala de algo, o mito de minha história é sobre como cada um de nós tem seu talento, que deve ser colocado em prática para o bem da humanidade…

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